O nosso trabalho fala do golpe do 25 de Abril de 1974.
O 25 de Abril de 1974 foi um golpe militar que pôs fim ao Estado Novo e começou com a República Democrática. Este movimento nasceu por volta de 1973.
Como não houve a violência habitual das revoluções, o povo ofereceu cravos aos militares que os puseram nos canos das armas.
O povo português fez este golpe de estado porque não estava contente com o governo de Marcelo Caetano, que veio continuar com o governo de Salazar.
Antes do 25 de Abril, todos se mostravam descontentes, mas não podiam dizê-lo abertamente e as manifestações dos estudantes deram muitas preocupações ao governo.
Os estudantes queriam que todos pudessem aceder igualmente ao ensino, queriam que houvesse liberdade de expressão e queriam o fim da Guerra Colonial.
Desenvolvimento
O que aconteceu antes do golpe?
A primeira reunião clandestina de capitães foi realizada em Bissau, em 1973. Outra reunião, passou-se em Monte Sobral e nessa reunião foi criado o MFA (Movimento das Forças Armadas). No dia 24 de Março, a última reunião clandestina decide acabar com o regime à força.
O golpe de 16 de Março de 1974 falha o que faz com que o MFA queira avançar.
O golpe…
O major Otelo Saraiva de Carvalho planeou o golpe e, na madrugada de 25 de Abril, a operação tomou conta dos pontos mais importantes da cidade de Lisboa (aeroporto, estações de rádio e de TV, …).
As forças do MFA, lideradas por Salgueiro Maia, cercaram o quartel do Carmo, onde estava Marcelo Caetano.
As forças do MFA, lideradas por Salgueiro Maia, cercaram o quartel do Carmo, onde estava Marcelo Caetano.
O golpe teve a colaboração de vários regimentos:
• No Norte, o CICA 1 liderado por Carlos de Azeredo toma o
Quartel-General da Região Militar do Porto. Estas forças são ajudadas
por forças de Lamego. As forças do BC9 de Viana do Castelo tomam o
Aeroporto de Pedras Rubras. As forças do CIOE tomam a RTP e o RCP
do Porto. O regime reagiu, e o ministro da Defesa ordenou a forças
sediadas em Braga para avançarem sobre o Porto, no que não foi obedecido, já que estas já tinham aderido ao golpe.
• À Escola Prática de Cavalaria, que partiu de Santarém, coube o papel mais importante: a ocupação do Terreiro do Paço.
Evolução do golpe.
Eram cerca das 22:55 quando passa a música “ E depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho. A música tinha sido censurada, pois falava de relações sexuais (http://youtube/MrW6zP161QI).
À 00:20 foi dada a senha definitiva, a canção "Grândola, Vila Morena" de José Afonso (http://youtube/ci76cKwFLDs), transmitido através da Rádio Renascença.
A Escola Prática de Administração Militar é ocupada às 00:30.
À 1:00 inicia-se a movimentação de tropas em Estremoz, Figueira da Foz, Lamego, Lisboa, Mafra, Tomar, Vendas Novas, Viseu, e noutros pontos do país.
Eram 3:00 quando as forças revoltosas iniciam a ocupação dos pontos da capital considerados vitais para o sucesso da operação.
Passadas meia hora os militares do MFA iniciam o cerco ao Quartel de São Sebastião da Pedreira.
Às 4:00 é adiada a transmissão do primeiro comunicado do Movimento, devido à falta de notícias sobre o controlo do Aeroporto de Lisboa prevista para esta hora na Rádio Clube Português.
Pelas 4:15 o regime reagiu, o ministro da Defesa ordenou que as forças sedeadas em Braga avançassem sobre o Porto, com o objectivo de recuperar o Quartel-General, mas estas forças tinham aderido ao MFA e ignoraram as ordens.
Passados cinco minutos as forças da Escola Prática de Infantaria de Mafra controlam o aeroporto de Lisboa que é encerrado e o tráfego encaminhado para outros países.
Às 4:26 é lido o primeiro comunicado do MFA, pela voz do jornalista Joaquim Furtado, aos microfones da Rádio Clube Português (ver texto 1 dos anexos).
Após a leitura do comunicado, foi tocada “A Portuguesa” (http://youtube/mzieZJupGh8), prosseguindo a emissão com a passagem de marchas militares, entre as quais "A Life on the Ocean Waves" adoptada como hino do MFA (http://youtube/fAlSXeo-sBY).
Às 4:45 é lido o segundo comunicado do MFA, na antena
da RCP (ver texto 2 dos anexos)
O terceiro comunicado é lido às 5:15 (ver texto 3 dos anexos).
Mais um comunicado (4º comunicado) é lido às 6:45 (ver texto 4 dos anexos).
7:30 hora a que é lido o quinto comunicado (ver texto 5 dos anexos).
Eram 08:45 quando é lido o sexto comunicado, mas desta vez aos microfones da
Emissora Nacional (ver texto 6 dos anexos).
O quartel da GNR do Largo do Carmo, é cercado às 12:30, graças a
Salgueiro Maia e às suas forças.
Só às 16:00 as forças do CIOE conseguem controlar as instalações da RTP de Monte da Virgem e do RCP, no Porto.
Às 16:30 Marcelo Caetano decide render-se apenas a um
oficial de alta patente.
É escolhido o general António de Spínola para receber a rendição do presidente do conselho de ministros. Chega ao quartel do Carmo às
Às 17:45 são mandados extinguir todos os suportes do estado novo,
graças ao Decreto-Lei 171/74.
Já às 19:30 Marcelo Caetano e os ministros que com ele estavam no quartel são transportados, numa Chaimite, para o posto de comando do MFA, na Pontinha.
À 00:20 foi dada a senha definitiva, a canção "Grândola, Vila Morena" de José Afonso (http://youtube/ci76cKwFLDs), transmitido através da Rádio Renascença.
A Escola Prática de Administração Militar é ocupada às 00:30.
À 1:00 inicia-se a movimentação de tropas em Estremoz, Figueira da Foz, Lamego, Lisboa, Mafra, Tomar, Vendas Novas, Viseu, e noutros pontos do país.
Eram 3:00 quando as forças revoltosas iniciam a ocupação dos pontos da capital considerados vitais para o sucesso da operação.
Passadas meia hora os militares do MFA iniciam o cerco ao Quartel de São Sebastião da Pedreira.
Às 4:00 é adiada a transmissão do primeiro comunicado do Movimento, devido à falta de notícias sobre o controlo do Aeroporto de Lisboa prevista para esta hora na Rádio Clube Português.
Pelas 4:15 o regime reagiu, o ministro da Defesa ordenou que as forças sedeadas em Braga avançassem sobre o Porto, com o objectivo de recuperar o Quartel-General, mas estas forças tinham aderido ao MFA e ignoraram as ordens.
Passados cinco minutos as forças da Escola Prática de Infantaria de Mafra controlam o aeroporto de Lisboa que é encerrado e o tráfego encaminhado para outros países.
Às 4:26 é lido o primeiro comunicado do MFA, pela voz do jornalista Joaquim Furtado, aos microfones da Rádio Clube Português (ver texto 1 dos anexos).
Após a leitura do comunicado, foi tocada “A Portuguesa” (http://youtube/mzieZJupGh8), prosseguindo a emissão com a passagem de marchas militares, entre as quais "A Life on the Ocean Waves" adoptada como hino do MFA (http://youtube/fAlSXeo-sBY).
Às 4:45 é lido o segundo comunicado do MFA, na antena
da RCP (ver texto 2 dos anexos)
O terceiro comunicado é lido às 5:15 (ver texto 3 dos anexos).
Mais um comunicado (4º comunicado) é lido às 6:45 (ver texto 4 dos anexos).
7:30 hora a que é lido o quinto comunicado (ver texto 5 dos anexos).
Eram 08:45 quando é lido o sexto comunicado, mas desta vez aos microfones da
Emissora Nacional (ver texto 6 dos anexos).
O quartel da GNR do Largo do Carmo, é cercado às 12:30, graças a
Salgueiro Maia e às suas forças.
Só às 16:00 as forças do CIOE conseguem controlar as instalações da RTP de Monte da Virgem e do RCP, no Porto.
Às 16:30 Marcelo Caetano decide render-se apenas a um
oficial de alta patente.
É escolhido o general António de Spínola para receber a rendição do presidente do conselho de ministros. Chega ao quartel do Carmo às
Às 17:45 são mandados extinguir todos os suportes do estado novo,
graças ao Decreto-Lei 171/74.
Já às 19:30 Marcelo Caetano e os ministros que com ele estavam no quartel são transportados, numa Chaimite, para o posto de comando do MFA, na Pontinha.
Conclusão
Na nossa opinião o 25 de Abril teve lados bons e lados maus. Pois por um lado livrámo-nos da Ditadura Militar e isso fez o povo contente, mas por outro lado achamos que às vezes o país precisa de um bocadinho de Ditadura para por algumas pessoas na ordem.
Anexos
• Texto 1
Aqui posto de comando do Movimento das Forças Armadas.
As Forças Armadas portuguesas apelam a todos os habitantes da cidade de Lisboa no sentido de recolherem a suas casas, nas quais se devem conservar com a máxima calma. Esperamos sinceramente que a gravidade da hora que vivemos não seja tristemente assinalada por qualquer acidente pessoal, para o que apelamos para o bom senso dos comandos das forças militarizadas, no sentido de serem evitados quaisquer confrontos com as Forças Armadas. Tal confronto, além de desnecessário, só poderá conduzir a sérios prejuízos individuais que enlutariam e criariam divisões entre os Portugueses, o que há que evitar a todo o custo. Não obstante a expressa preocupação de não fazer correr a mínima gota de sangue de qualquer português, apelamos para o espírito cívico e profissional da classe médica, esperando a sua acorrência aos hospitais, a fim de prestar a sua eventual colaboração, que se deseja, sinceramente, desnecessária.
Aqui posto de comando do Movimento das Forças Armadas.
As Forças Armadas portuguesas apelam a todos os habitantes da cidade de Lisboa no sentido de recolherem a suas casas, nas quais se devem conservar com a máxima calma. Esperamos sinceramente que a gravidade da hora que vivemos não seja tristemente assinalada por qualquer acidente pessoal, para o que apelamos para o bom senso dos comandos das forças militarizadas, no sentido de serem evitados quaisquer confrontos com as Forças Armadas. Tal confronto, além de desnecessário, só poderá conduzir a sérios prejuízos individuais que enlutariam e criariam divisões entre os Portugueses, o que há que evitar a todo o custo. Não obstante a expressa preocupação de não fazer correr a mínima gota de sangue de qualquer português, apelamos para o espírito cívico e profissional da classe médica, esperando a sua acorrência aos hospitais, a fim de prestar a sua eventual colaboração, que se deseja, sinceramente, desnecessária.
• Texto2
A todos os elementos das forças militarizadas e policiais o comando do Movimento das Forças Armadas aconselha a máxima prudência, a fim de serem evitados quaisquer recontros perigosos. Não há intenção deliberada de fazer correr sangue desnecessário, mas tal acontecerá caso alguma provocação se venha a verificar.
Apelamos, portanto, para que regressem imediatamente aos seus quartéis, aguardando as ordens que lhes serão dadas pelo M. F. A.
Serão severamente responsabilizados todos os comandos que tentarem por qualquer forma conduzir os seus subordinados à luta com as Forças Armadas.
• Texto 3
Para que a gravidade da hora que vivemos não seja tristemente assinalada por qualquer acidente pessoal, apelamos para o bom senso dos comandos das Forças Militarizadas no sentido de serem evitados confrontos com as Forças Armadas. Tal confronto, além de desnecessário, só poderá conduzir a sérios prejuízos individuais que enlutariam e criariam divisões entre os portugueses, o que há que evitar a todo o custo. Não obstante a expressa preocupação de não fazer correr a mínima gota de sangue de qualquer português, apelamos para o espírito cívico e profissional da classe médica, esperando a sua ocorrência aos hospitais a fim de prestar a sua eventual colaboração, que se deseja sinceramente desnecessária.
A todos os elementos das Forças Militarizadas e policiais, o Comando do Movimento das Forças Armadas aconselha a máxima prudência, a fim de serem evitados quaisquer recontros perigosos. Não há intenção deliberada de fazer correr sangue desnecessariamente, mas tal acontecerá caso alguma provocação se venha a verificar.
Apelamos, portanto, para que regressem imediatamente aos seus quartéis, aguardando as ordem que lhes serão dadas pelo Movimento das Forças Armadas. Serão severamente responsabilizados todos os comandos que tentarem por qualquer forma conduzir os seus subordinados à luta com as Forças Armadas.
Informa-se a população de que, no sentido de evitar todo e qualquer incidente ainda que involuntário, deverá recolher a suas casas, mantendo absoluta calma. A todos os elementos das forças militarizadas, nomeadamente às forças da G.N.R. e P.S.P. e ainda às Forças da Direcção-Geral de Segurança e Legião Portuguesa, que abusivamente foram recrutadas, lembra-se o seu dever cívico de contribuírem para a manutenção da ordem pública, o que, na presente situação, só poderá ser alcançado se não for oposta qualquer reacção às Forças Armadas. Tal reacção nada teria de vantajoso, pois conduziria a um indesejável derramamento de sangue, que em nada contribuiria para a união de todos os portugueses. Embora estando crentes no bom senso e no civismo de todos os portugueses, no sentido de evitarem todo e qualquer recontro armado, apelamos para que os médicos e o pessoal de enfermagem se apresentem em todos os hospitais para uma colaboração que fazemos votos seja desnecessária.
• Texto 4
Aqui Posto de Comando do Movimento das Forças Armadas.
Atenção elementos das forças militarizadas e policiais. Uma vez que as Forças Armadas decidiram tomar a seu cargo a presente situação, será considerado delito grave qualquer oposição das forças militarizadas e policiais às unidades militares que cercam a cidade de Lisboa. A não obediência a este aviso poderá provocar um inútil derramamento de sangue, cuja responsabilidade lhes será inteiramente atribuída. Deverão, por conseguinte, conservar-se dentro dos seus quartéis até receberem ordens do Movimento das Forças Armadas. Os comandos das forças militarizadas e policiais serão severamente responsabilizados, caso incitem os seus subordinados à luta armada.
• Texto 5
Aqui posto de comando das Forças Armadas.
Conforme tem sido transmitido, as Forças Armadas desencadearam, na madrugada de hoje, uma série de acções com vista à libertação do País do regime que há longo tempo o domina.
Nos seus comunicados as F. A. têm apelado para a não intervenção das forças policiais, com o objectivo de se evitar derramamento de sangue. Embora este desejo se mantenha firme, não se hesitará em responder, decidida e implacavelmente, a qualquer oposição que se venha a manifestar.
Consciente de que interpreta verdadeiros sentimentos da Nação, o M. F. A. prosseguirá na sua acção libertadora, e pede à população que se mantenha calma e que recolha às suas residências.
Viva Portugal.
• Texto 6
As Forças Armadas iniciaram uma série de acções com vista à libertação do País do regime que há longo tempo o domina. Nos seus comunicados, as Forças Armadas têm apelado para a não intervenção das forças policiais, com o objectivo de se evitar derramamento de sangue. Embora este desejo se mantenha firme, não se hesitará em responder, decidida e implacavelmente, a qualquer oposição que venha a manifestar-se. Consciente de que interpreta os verdadeiros sentimentos da nação, o movimento das Forças Armadas prosseguirá na sua acção libertadora e pede à população que se mantenha calma e que recolha às suas residências.
Viva Portugal!
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