segunda-feira, 4 de julho de 2011

Senhas da Liberdade (realizado por: Maria Helena Ferreira, Raquel Moutinho, Raul Liquito)




INTRODUÇÃO

O nosso trabalho é sobre as senhas que tiveram um papel essencial para o 25 de Abril de 1974. Escolhemos este tema pois muitas vezes não é valorizado, apesar de ter sido muito importante.



DESENVOLVIMENTO


1ª SENHA

E Depois do Adeus – Paulo de Carvalho

Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.
Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder.
Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci.
E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor
Que aprendi.
De novo vieste em flor
Te desfolhei...
E depois do amor
E depois de nós
O adeus O ficarmos sós.




Sobre a senha …

Esta senha serviu para dar a ordem para as tropas se prepararem e estarem a postos. A letra é de José Niza e a música de José Calvário. Esta música foi cantada no festival da Eurovisão de 1974.



Paulo de Carvalho

Manuel Paulo de Carvalho Costa é de naturalidade portuguesa, nasceu em Lisboa, no dia 15 de Maio de 1947. É um cantor que começou por tocar bateria, tendo sido aos 15 anos um dos quatro fundadores dos “Sheiks”. O sucesso da carreira da banda fui muito grande, tendo sido chamados «os Beatles portugueses», mas o grupo teve de acabar pois ele foi para a tropa em 1968 pondo fim à banda.

Regressado à vida civil fez parte de vários grupos, entre eles a Banda 4 e o projecto Fluido, que fundou, e o Thilo´s Combo. Apesar de nos dois primeiros projectos ser o vocalista principal, só em 1970 inicia uma carreira verdadeiramente a solo vindo a cantar “Corre Nina”, no Festival da Canção da RTP.

Este homem foi muito importante e devemos falar dele com orgulho.




2º SENHA



Grândola Vila Morena – Zeca Afonso

Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena

Em cada esquina, um amigo
Em cada rosto, igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade

Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto, igualdade
O povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola, a tua vontade

Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade



Sobre a senha …

Esta senha serviu para avisar os soldados que a revolução estava a decorrer como planeado e que já não era possível voltar a atrás. Foi transmitida na rádio à 00h20 do dia 25 de Abril de 1974.



Zeca Afonso

José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos é um cantor e compositor de naturalidade portuguesa, nascido em Aveiro, no dia 2 de Agosto de 1929. Ficou conhecido por Zeca Afonso. A sua música desenvolveu-se na década da 60 prolongando-se pela de 70. A sua música mostrou o poder do povo insultando o estado novo. Morreu em 23 de Fevereiro de 1987 com 57 anos.




CONCLUSÃO

Escolhemos este tema pois as senhas foram muito importantes para avisar os soldados e os civis sobre o decorrer da revolução.

Tivemos algumas dificuldades em encontrar imagens sobre as senhas da revolução de 1974. Tivemos facilidade em encontrar as letras das músicas e as biografias dos autores pois ambos são muito conhecidos.

Este trabalho ajudou-nos a conhecer melhor dois grandes músicos portugueses, a sua música e a perceber que as senhas foram muito importantes para o resultado final da revolução do 25 de Abril de 1974.



FONTES

· Google imagens

· Wikipedia

Propaganda no Estado Novo (realizado por: António Correia, Miguel Fortes, Francisco Brito)




Introdução


Este trabalho fala da propaganda do estado novo e de como foi útil a Salazar para ajudar a controlar o povo para além dos cinco pilares. Fala sobre o SPN e da propaganda tem imagens e informação.


SPN

O Secretariado de Propaganda Nacional - SPN, foi criado em 1933 pelo governo de Salazar, tendo-lhe sucedido em 1945 o Secretariado Nacional de Informação - SNI.

Desempenhou, durante os primeiros doze anos do governo de Salazar, um papel activo na divulgação do ideal nacionalista e na padronização da cultura e das artes do regime do Estado Novo, secundado pela actuação dos serviços de censura.

Foi dirigido por António Ferro, um jornalista, publicista e escritor simpatizante das soluções autoritárias e totalitárias da Europa de então (sobretudo do Fascismo Mussolini ano)

O Secretariado Nacional de Informação, Turismo e Cultura Popular, geralmente conhecido pelo seu nome simplificado para Secretariado Nacional de Informação (SNI), era o organismo público responsável pela propaganda política, informação pública, comunicação social, turismo e acção cultural, durante o regime do Estado Novo em Portugal. Desenvolveu uma acção importante na área das artes plásticas, cinema, teatro, dança, literatura (com a instituição dos prémios literários), folclore, edição, etc. O organismo foi criado em 1933, com a denominação de Secretariado de Propaganda Nacional (SPN), adoptando a designação SNI em 1945. Em 1968 foi transformado na Secretaria de Estado da Informação e Turismo (SEIT). Depois do 25 de Abril de 1974, a área de informação e comunicação social do antigo SNI/SEIT, deu origem à nova Secretaria de Estado da Comunicação Social (ocasionalmente, em alguns governos, elevada ao estatuto de ministério).




História do SPN

As razões que levaram à criação de um Secretariado de Propaganda Nacional junto da Presidência do Conselho de Ministros, em 1933, consistiram essencialmente no reconhecimento do papel fundamental da propaganda nos Estados modernos.
O Secretariado dirigiu e superintendeu a propaganda nacional, centralizou os respectivos serviços e coordenou a informação de todos os Ministérios. Durante a primeira década do Estado Novo, António Ferro foi a personalidade que empreendeu a concretização da política de propaganda do regime.
Para esse efeito, o Secretariado de Propaganda Nacional procurou implementar, internamente, as seguintes acções: regulamentar as relações da imprensa com os poderes do Estado; editar publicações que dessem a conhecer a actividade do Estado e da Nação Portuguesa; centralizar a informação relativa à actuação dos diferentes serviços públicos; preparar manifestações nacionais e festas públicas, com intuito educativo ou de propaganda; combater as "ideias perturbadoras e dissolventes da unidade e interesse nacional”; contribuir para a solução dos problemas referentes à "política do espírito", através da colaboração com artistas e escritores portugueses e do estabelecimento de prémios que estimulassem uma arte e uma literatura nacionais; utilizar a radiodifusão, o cinema e o teatro como meios indispensáveis à prossecução da sua missão.
A nível externo, o Secretariado de Propaganda Nacional desenvolveu a seguinte actuação: colaboração com todos os organismos portugueses de propaganda existentes no estrangeiro; superintendência em todos os serviços oficiais de imprensa que actuassem fora do País; realização de conferências e incentivo ao intercâmbio com jornalistas e escritores; elucidação da opinião internacional sobre a acção exercida nas colónias portuguesas; promoção e patrocínio das manifestações de arte e literatura nacionais, nos grandes centros urbanos.

O director do Secretariado de Propaganda Nacional, independentemente da responsabilidade que detinha nas referidas acções internas ou externas, podia ser incumbido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros de qualquer missão de propaganda.

A partir de 1939, o Secretariado de Propaganda Nacional recebeu as competências do Ministério do Interior em matéria de turismo, considerado um instrumento privilegiado de promoção e propaganda do regime e em 1940 integrou o Conselho Nacional de Turismo. No ano seguinte, o Secretariado de Propaganda Nacional começou também a registar as informações relativas à actividade desenvolvida por jornalistas estrangeiros, em Portugal.
Como consequência da reorganização dos serviços do Secretariado de Propaganda Nacional, operada em 1944, o novo organismo, designado por Secretariado Nacional de Informação, Cultura Popular e Turismo, concentrou os Serviços de Turismo, os Serviços de Imprensa, a Inspecção dos Espectáculos, que incluíam o exercício da censura, os Serviços de Exposições Nacionais e os Serviços de Radiodifusão.
Na dependência do Secretariado Nacional de Informação e Cultura Popular e Turismo foram ainda criados o Fundo do Cinema Nacional e o Fundo do Teatro Nacional, em 1948 e em 1950, respectivamente.
No mesmo período, as Casas de Portugal, que haviam funcionado na esfera do Ministério dos Negócios Estrangeiros, transitaram para a tutela do Secretariado Nacional de Informação, Cultura Popular e Turismo, passando a actuar como delegações suas no estrangeiro.
A reavaliação da política de turismo e a redefinição das competências do Secretariado Nacional de Informação e do Conselho Nacional de Turismo, efectuada em 1956, levou à constituição das Comissões Municipais de Turismo, das Juntas de Turismo, das Comissões Regionais de Turismo e do Fundo de Turismo. Em 1959 foi criado no Rio de Janeiro o Centro de Turismo de Portugal.
Em 1960 o Secretariado Nacional de Informação passou a dispor de duas Direcções de Serviço, a de Informação e a de Turismo. A constituição do Comissariado do Turismo a nível de Direcção Geral, em 1965, facilitou os contactos desta entidade com outras Direcções Gerais ligadas ao sector turístico.
O Secretariado Nacional de Informação foi extinto em 1968, tendo os respectivos serviços transitado para a Secretaria de Estado de Informação, Cultura Popular e Turismo, da Presidência do Conselho de Ministros.




Conclusão

O SPN apresentava propaganda ao povo alterando a verdade fazendo que este acreditasse em Salazar não se opondo contra ele.

Para Salazar corria tudo bem pois o seu plano estava a resultar e a população não estava agitada de mais e ele governava sem problemas.

O SPN durou 35 anos longos, sempre a expor propaganda.




Fontes

AATT----www.aatt.org

Wikipedia----www.wikipedia.com